quinta-feira, 6 de agosto de 2015

E é amor?


     E é amor?

Que estranho amor é esse
Que sorrindo diz que te ama?
Que por momentos te seduz em palavras,
Mas que te faz de objeto pra cama!

Que estranho amor é esse
Que te faz rainha com tantas loucuras?
Que contra a parede te dá beijos longos,
Mas que faz o contrário das tantas juras!

Que estranho amor é esse
Que reclama se você não liga?
Que fala em saudade e diz que te quer
E do nada já puxa uma briga!

Se é amor, é mais que estranho!
É nada mais do possessão.
Amar é dá liberdade
E não condenar ninguém a prisão!

     Agosto de 2015, Pentecoste – CE - Brasil.

Romário  Braga.

Poesia protegida por Lei.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Esperar



     Esperar

Esperar por sua chegada
Para tirar meu cansaço,
Amarrar meu coração
Com o carisma do seu laço
E trocarmos lindas palavras
No calor de um grande abraço.

Esperar, o quanto posso,
Pelo toque jamais sentido,
Pelas mãos em minha cintura,
Pelo beijo prometido,
Esperar por sua voz
Sussurrando ao meu ouvido.

Vendo que nosso encontro
Vai arder mais que uma chama,
Seu jeitinho me conquista,
Sua beleza me inflama
E nos amarmos a noite inteira
No aconchego de nossa cama.

Esperar por sua chegada
Com certa inquietude,
Beijá-la intensamente,
Desfrutar de sua virtude,
Porém, me resta esperar
Já que não tenho atitude.

    Pentecoste - Ce - Brasil, 2009.

Romário Braga.

Poesia protegida por Lei

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Fantasma


     Fantasma

Delírios da noite sombria,
Um telefonema me apavora!
Surpreso atendo a chamada
E é a mesma pessoa de outrora.

O vento bagunça o quarto
E minha pele arrepia,
Sem palavras só ouço a voz
Num ALÔ que se repetia.

Nos lençóis me escondo assustado!
Na telha de vidro o claro da lua,
Me despertando vem o WhatsApp
Com uma chamada que vejo ser sua.

Fantasma! É assim que lhe vejo
Que depois de tempos me reaparece.
Assombrando a minha pobre vida
Com o ontem que jamais esquece.

Vem rasgando a madrugada
O WhatsApp a me enlouquecer
Numa insistência sem fim
Onde não ouso responder.

Romário Braga

     18 de junho de 2015, Pentecoste – CE - Brasil.

(Poesia protegida por Lei)


domingo, 17 de maio de 2015

Sem explicar


     Sem explicar

Não sei explicar o que sinto,
Sem perceber já estamos juntinhos.
Nossos lábios se tornam um
Em meio a tantos carinhos.

Suas mãos nos meus cabelos,
Vão os meus óculos tirando
E seduzido pelos teus beijos
De corpo e alma vou me entregando.

O suor que molha o meu rosto,
Uma respiração ofegante
E quanto mais digo que amo
Mais eu quero a todo instante.

Não sei explicar o que sinto,
Melhor dizendo, não sabemos.
Mas que sempre ajam sorrisos
Nesta história estranha que temos.

Romário Braga
Pentecoste - CE - Brasil, 17 de maio de 2015.

(Poesia protegida)

sábado, 16 de maio de 2015

A águia que voou




     A águia que repousava 
em minhas mãos
 abriu asas e voou 
para conhecer outras terras.
 Seu olhar expressava 
que breve ela regressaria ao meu encontro. 
Creio que não!
As águias voam para o alto 
das grandes montanhas. 
Esta é mais uma das filosofias da vida: 
Querer voar cada vez mais alto, 
embora que fiquem para trás 
as pessoas que gostamos.

 Romário Braga.
Fortaleza - CE - Brasil, 2009.

(Poesia protegida por lei de direitos autorais)

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Olho-te a distância


Olho-te à distância

Olho-te a distância,
Tu és bela e tão amável,
Tento me aproximar,
Mas você é intocável.

Nem ao menos sei teu nome
E minha paixão é tanta,
Não vejo em ti simpatia,
Porém, você me encanta.

Não tenho contato contigo,
Adoro-te mesmo assim,
Você passa ao meu lado
E nem se quer olha pra mim.

Evitarei tua presença
Pra acabar com essa paixão,
É triste me interessar
Por quem não me dar atenção.

   Pentecoste - Ceará - Brasil, maio de 2008.

 Romário Braga.

(Poesia protegida pela lei de direitos autorais)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Não mais


     Não mais!

Não mais me verás aqui
Por tolo amor tanto mendigando.
Mergulhei num mar revolto
Que feroz foi me afogando.

Fui pra ti um “passa tempo”,
Um quebra cabeça que me venceu.
Levei a sério a brincadeira
Onde o brinquedo era EU.

Não mais me verás aqui
Ansioso só pra te ver!
Fui eu que coloquei poemas
Onde jamais poderia ter.

E aqui eu vou seguindo
Sem lhe fazer nenhum porquê!
Vou em busca da felicidade
E com certeza, sem você!

Romário Braga.

     11 de maio de 2015, Pentecoste – CE - Brasil.

(Poesia protegida por lei)

Poeminha dos meus 25 anos


     Poeminha dos meus 25 anos

Entre lágrimas e sorrisos,
Entre perdas e vitórias,
Eis-me aqui, um ator da vida,
Interpretando várias histórias.

25? Não acredito!
Por que veio com essa urgência?
Se me sinto um garotinho
Tendo agora a adolescência.

Nova fase de velhos atos.
Maturidade? já nem sei!
Metade de meio século
Nesta data conquistei.

E tantas paixões vividas
Que ficaram para trás!
25! Novas páginas
De um livro que não acaba mais.

Um brinde faço à paz,
À amizade e ao fulgor,
Que as deixo condensadas
Numa palavra chamada AMOR!!!

     Pentecoste – CE - Brasil, 10 de maio de 2015.

Romário Braga.

(Poesia protegida por lei)

domingo, 3 de maio de 2015

Vejo Cristo

    
     
Vejo Cristo

É no pão que vejo o vinho,
É no vinho que vejo o pão.
Com Maria vejo meu Cristo
E em Cristo minha salvação.

No regresso de uma pessoa
Vejo o findar da saudade.
Na criança vejo a inocência
E em Cristo vejo a bondade.

Vejo brotar do chão
A cada dia uma nova flor,
Nela vejo o aroma da paz
E em Cristo o verdadeiro amor.

Aos poucos vejo o presente
Moldando a era moderna.
Em Maria vejo o consolo
E em Cristo minha vida eterna.


     7 de janeiro de 2014, Pentecoste - CE - Brasil

Romário Braga.

(Poesia protegida pela Lei de direitos autorais) 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Sou ex-cravo




Sou Ex-cravo

Sou eu um ex-cravo da vida,
Sou eu um ex-cravo do amor,
Sou eu um ex-cravo de tudo,
Sou ex-cravo, sou uma flor.

Sou ex-cravo da sociedade,
Sou ex-cravo da profissão,
Sou eu um ex-cravo de tudo,
Sou ex-cravo, sou botão.

Sou ex-cravo das palavras,
Sou ex-cravo dos insultos,
Sou ex-cravo dessa floresta
Que florida não quer dar frutos.

Sou eu um ex-cravo do claro,
Sou ex-cravo da escuridão,
Sou eu um ex-cravo de tudo,
Sou ex-cravo e com razão.

Romário Braga 

Maio de 2014, Pentecoste - CE - Brasil

(Poesia protegida pela Lei de Direitos Autorais)

sábado, 25 de abril de 2015

Jumento entristecido



Jumento Entristecido

Senti o meu chão perdido
Com esta cena que vi,
Que até me entristeci
Com o jumento comovido
Vendo o mundo destruído
Como um carro que capota.
No açude da *Serrota
Essa escassez de água,
Que o jumento com mágoa
Lamenta sua derrota.

"O jumento é irracional"
Dizer isso é engano,
Pois de fato é o humano
Que causa seu próprio mal
E não é só o animal
Que nesta seca padece,
Falta água na CAGECE
Até pro homem beber.
É animal e gente a sofrer
Com esta seca que só cresce.

E o jumento entristecido
Tem em si um desagrado,
O pobre sofre calado
Com sede e enfraquecido.
Jumento é o homem bandido
Que não cuidou da represa.
Foi-se a água em correnteza
Ficou a terra ressequida.
Roubaram da nossa vida
A nossa maior riqueza.

Romário Braga.
Serrota - Pentecoste - Ceará - Brasil
2015

(Poesia protegida pela Lei de Direitos Autorais)

terça-feira, 21 de abril de 2015

Difícil é te conquistar!


Difícil é te conquistar

A vida é uma poesia
Impossível de declamar,
Decifrá-la não é difícil,
Difícil é te conquistar!

De longe vejo um pássaro
Contornando o azul do mar.
Ser feliz não é difícil,
Difícil é te conquistar!

Da janela do meu quarto
Eu admiro o luar,
Tocá-lo não é difícil,
Difícil é te conquistar!

Esperando por tua chegada,
Continuo a sonhar.
Ir ao céu não é difícil,
Difícil é você me amar.

     Paracuru, 2008.

Romário Braga.

(Poesia protegida pela lei de direitos autorais)

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Livre para voar


     Livre para voar

O destino de minha vida
Somente a mim interessa,
Quero voar feito um pássaro
Sem que algo me impeça.

Jamais quero raízes,
Isso é minha decisão,
Tenho medo do que possa
Acorrentar-me no chão.

Voar igual uma águia,
Ser rude, porém sereno,
Mas águias voam alto
E eu ainda voo pequeno.

Sou livre para voar,
Não importa a situação,
Quero voar a vida inteira
Bem longe de uma prisão.

     Fortaleza, 2009.

Romário Braga.

(Poesia protegida pela lei de direitos autorais)

Como eras

     
Como eras

Ver-te como eras,
Que tola fantasia
Alimentar a saudade
Do que já fomos um dia.
Tantos beijos e abraços,
Hoje, com os pedaços
Preencho a noite vazia.

Tantas cartas escritas,
Tantas fotos tiradas
Que breve, com o tempo,
Serão lembranças mofadas,
Só me resta então sonhar
Ver um dia você chegar
Pra reviver histórias marcadas.

“Foi bom, enquanto durou”,
Assim dizia Moraes!
És para mim uma página
Que não vou rasgar jamais.
Ao ligar o telefone,
Só de ver o teu nome,
A saudade dói demais.

Relembrar os grandes momentos
Faz-me tê-la outra vez,
Apesar de pouco tempo
Muita coisa a gente fez.
Aqui fico imaginando
Ouvir sua voz me chamando,
Quem sabe um dia...Talvez.

Romário Braga.

(Poesia protegida pela lei de direitos autorais)

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Você chega


Você chega

Você chega assim me beijando,
Me abraça, me tira risada,
Faz de mim seu aconchego
E depois sai querendo nada.


Você chega assim sorridente,
Com esse jeito atrevido.
Com malicias tão diretas,
Suspirando ao meu ouvido.



Você chega assim de repente,
Me cheira e se enrosca em mim,
Fazendo que eu coloque
Na seriedade um fim.



Você chega assim me tocando,
Meiga, linda e educada,
Arrepia minha pele
E depois sai... Querendo nada.



7 de julho de 2014, Pentecoste - CE - Brasil

Romário Braga.

(Poesia protegida pela Lei de Direitos Autorais)


terça-feira, 14 de abril de 2015

Um coração que não sente


Um coração que não sente

Quero um peito petrificado
Num coração que não sente,
Que mesmo martirizado 
Fica em pé eternamente.

Um coração de titânio,
Um resistente metal
Que não quebra e nem enferruja,
Continua a bater normal.

Quero um coração que não sente
Nada mais avassalador 
Que estando anestesiado
Não sente ódio ou amor!

Um coração que não sente
E que mesmo vindo a morrer,
Por maior que seja o motivo
Nunca pare de bater...

     Pentecoste – CE - Brasil, 13 de abril de 2015.

Romário Braga.

(Poesia protegida por Lei)

sexta-feira, 10 de abril de 2015

As Cinzas


As Cinzas

Que o vento te leve as cinzas
Dessa carta que escrevi.
Ao te rever, quase que choro!
Mas fingindo, eu sorri.

Sorri para mostrar
Que sem você estou seguro
E te escondendo o menino
Que ainda chora no escuro.

Só em ouvir o teu nome
Acaba com a minha paz.
Se esse papel será cinzas,
Meu peito será muito mais.

Nessa carta que escrevi
Pude tudo registrar.
Que o vento te leve as cinzas,
Pois jamais vou te entregar!

    24 de outubro de 2013, Pentecoste – CE - Brasil.

Romário Braga.

(Poesia protegida pela Lei de Direitos Autorais)