Fantasma
Delírios da noite sombria,
Um telefonema me apavora!
Surpreso atendo a chamada
E é a mesma pessoa de outrora.
O vento bagunça o quarto
E minha pele arrepia,
Sem palavras só ouço a voz
Num ALÔ que se repetia.
Nos lençóis me escondo assustado!
Na telha de vidro o claro da lua,
Me despertando vem o WhatsApp
Com uma chamada que vejo ser sua.
Fantasma! É assim que lhe vejo
Que depois de tempos me reaparece.
Assombrando a minha pobre vida
Com o ontem que jamais esquece.
Vem rasgando a madrugada
O WhatsApp a me enlouquecer
Numa insistência sem fim
Onde não ouso responder.
Romário Braga
18 de junho de 2015, Pentecoste – CE - Brasil.
(Poesia protegida por Lei)
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