sexta-feira, 19 de junho de 2015

Fantasma


     Fantasma

Delírios da noite sombria,
Um telefonema me apavora!
Surpreso atendo a chamada
E é a mesma pessoa de outrora.

O vento bagunça o quarto
E minha pele arrepia,
Sem palavras só ouço a voz
Num ALÔ que se repetia.

Nos lençóis me escondo assustado!
Na telha de vidro o claro da lua,
Me despertando vem o WhatsApp
Com uma chamada que vejo ser sua.

Fantasma! É assim que lhe vejo
Que depois de tempos me reaparece.
Assombrando a minha pobre vida
Com o ontem que jamais esquece.

Vem rasgando a madrugada
O WhatsApp a me enlouquecer
Numa insistência sem fim
Onde não ouso responder.

Romário Braga

     18 de junho de 2015, Pentecoste – CE - Brasil.

(Poesia protegida por Lei)


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