Alguns anos atrás li um conto de Machado de Assis que numa cidade existia uma mulher muito rica. Naquela época, as pessoas da alta elite fingiam ser cultas e amantes da cultura, pois isso era sinônimo de elegância e riqueza.
A casa dessa mulher era bastante frequentada por pessoas de posses e que tinham algum prestígio social. Nessa casa, ela promovia a cultura através de musicais de piano e na maioria das vezes fazia recitais de poesias.
A casa dessa mulher era bastante frequentada por pessoas de posses e que tinham algum prestígio social. Nessa casa, ela promovia a cultura através de musicais de piano e na maioria das vezes fazia recitais de poesias.
Existia na cidade um Poeta muito talentoso que encantava multidões com seus versos e pensamentos. Diariamente ele frequentava a Praça semeando as mais lindas poesias e dessa forma sua fama foi se espalhando pela cidade.
Porém, começou a perceber que essa mulher ignorava sua existência nem tanto pela sua falta de beleza física e sim pela singeleza como ele se vestia. Dessa forma, em todos os recitais de poesias que eram promovidos naquela casa, inclusive com Poetas de cidades vizinhas, a ele nunca chegara um convite nem ao menos para ser ouvinte.
Porém, começou a perceber que essa mulher ignorava sua existência nem tanto pela sua falta de beleza física e sim pela singeleza como ele se vestia. Dessa forma, em todos os recitais de poesias que eram promovidos naquela casa, inclusive com Poetas de cidades vizinhas, a ele nunca chegara um convite nem ao menos para ser ouvinte.
Certa tarde, antes de ir para seu rotineiro passeio na Praça, foi até seu armário de roupas. Pôs a roupa mais linda que ele tinha que o deixou muito elegante.
Quando terminou de declamar suas poesias e aplaudido pela multidão, essa Senhora se aproximou e eufórica, do nada o convidou para um recital de poesias na sua casa logo mais a noite.
Satisfeito e cortês, o Poeta agradeceu o convite e disse que iria sim.
Quando terminou de declamar suas poesias e aplaudido pela multidão, essa Senhora se aproximou e eufórica, do nada o convidou para um recital de poesias na sua casa logo mais a noite.
Satisfeito e cortês, o Poeta agradeceu o convite e disse que iria sim.
Enfim chegou a noite, a sociedade inteira já reunida para esse recital. Entre taças de bebidas caras e comidas sofisticadas sorrisos falsos de amizades interesseiras.
Quando de repente, alguém toca a campainha. Finalmente, era o Poeta!
Quando de repente, alguém toca a campainha. Finalmente, era o Poeta!
Ao abrir a porta, essa Senhora se depara com a imagem de um homem trajando, como de costume, roupas simples, com uma caixa na mão embrulhada com papel presente.
Sem entender o que estava acontecendo, quando ela abriu a caixa, lá estava bem arrumadinha a roupa elegante que o Poeta usou durante a tarde e que só por aquilo ela o convidou a ir à sua casa.
E ele disse: - Aí está a roupa que a Senhora convidou.
Sem entender o que estava acontecendo, quando ela abriu a caixa, lá estava bem arrumadinha a roupa elegante que o Poeta usou durante a tarde e que só por aquilo ela o convidou a ir à sua casa.
E ele disse: - Aí está a roupa que a Senhora convidou.
*IMORAL* DA HISTÓRIA:
"Disse-me uma vez uma amiga Escritora que numa sociedade oportunista e cheia de falsidade, a pessoa vale o que veste! E assim como a personagem rica do conto, somos rodeados por pessoas de pouco caráter e que em tudo querem tirar proveitos pessoais, mesmo que isso prejudique o próximo. Mas, pessoas assim, a vida por si só trata de preparar o tropeço. E olhe que tropeçar no próprio passo é de uma aprendizagem sem igual".
Romário Braga.
Pentecoste - Ceará - Brasil, 2016.
(Protegido por Lei de Direitos Autorais)