sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Fala!


Fala!

Fala agora na minha cara!
Fala que não me quer!
Que por mim não sente mais nada!
Que não quer ser minha mulher!

Fala na minha cara!
Fala que não me ama!
Que não se sentiu amada
Nos lençóis daquela cama!

Fala agora nos meus olhos
Fala que não quer mais!
Que odeia minha presença,
Que eu nunca te trouxe paz.

Fala agora! É o momento!
Esquece o orgulho maldito!
Vou entender seu silêncio
Como um AMO que não foi dito!

Romário Braga.
Pentecoste - Ceará - Brasil, 19 de dezembro de 2014

(Poesia protegida pela Lei de Direitos Autorais)

Quero criar asas


Quero criar asas

Quero criar asas,
Sair sem hora pra voltar,
Fazer aquilo que quero
Sem satisfações a dar,
Preciso fugir das brasas
Que queimam minhas asas
Impedindo-me de voar.

Quero criar asas
Pra fazer minhas missões,
Seguir qualquer caminho,
Ter realizações,
Quero voltar a sorrir,
Mas sem ter que ouvir
Inúmeras reclamações.

Quero criar asas,
Voar o tempo inteiro
Pra longe de quem me maltrata
Tornando-me um prisioneiro,
Quero viver intensamente,
Dormir tranquilamente
Na maciez de um travesseiro.

Quero criar asas,
Ir pra onde tiver vontade,
Construir meu ninho
E cultivar a tranquilidade,
Amar a existência
E respirar a independência
E o prazer de minha liberdade.

Romário Braga.


(Poesia protegida pela Lei de Direitos Autorais)