sábado, 25 de abril de 2015

Jumento entristecido



Jumento Entristecido

Senti o meu chão perdido
Com esta cena que vi,
Que até me entristeci
Com o jumento comovido
Vendo o mundo destruído
Como um carro que capota.
No açude da *Serrota
Essa escassez de água,
Que o jumento com mágoa
Lamenta sua derrota.

"O jumento é irracional"
Dizer isso é engano,
Pois de fato é o humano
Que causa seu próprio mal
E não é só o animal
Que nesta seca padece,
Falta água na CAGECE
Até pro homem beber.
É animal e gente a sofrer
Com esta seca que só cresce.

E o jumento entristecido
Tem em si um desagrado,
O pobre sofre calado
Com sede e enfraquecido.
Jumento é o homem bandido
Que não cuidou da represa.
Foi-se a água em correnteza
Ficou a terra ressequida.
Roubaram da nossa vida
A nossa maior riqueza.

Romário Braga.
Serrota - Pentecoste - Ceará - Brasil
2015

(Poesia protegida pela Lei de Direitos Autorais)

terça-feira, 21 de abril de 2015

Difícil é te conquistar!


Difícil é te conquistar

A vida é uma poesia
Impossível de declamar,
Decifrá-la não é difícil,
Difícil é te conquistar!

De longe vejo um pássaro
Contornando o azul do mar.
Ser feliz não é difícil,
Difícil é te conquistar!

Da janela do meu quarto
Eu admiro o luar,
Tocá-lo não é difícil,
Difícil é te conquistar!

Esperando por tua chegada,
Continuo a sonhar.
Ir ao céu não é difícil,
Difícil é você me amar.

     Paracuru, 2008.

Romário Braga.

(Poesia protegida pela lei de direitos autorais)

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Livre para voar


     Livre para voar

O destino de minha vida
Somente a mim interessa,
Quero voar feito um pássaro
Sem que algo me impeça.

Jamais quero raízes,
Isso é minha decisão,
Tenho medo do que possa
Acorrentar-me no chão.

Voar igual uma águia,
Ser rude, porém sereno,
Mas águias voam alto
E eu ainda voo pequeno.

Sou livre para voar,
Não importa a situação,
Quero voar a vida inteira
Bem longe de uma prisão.

     Fortaleza, 2009.

Romário Braga.

(Poesia protegida pela lei de direitos autorais)

Como eras

     
Como eras

Ver-te como eras,
Que tola fantasia
Alimentar a saudade
Do que já fomos um dia.
Tantos beijos e abraços,
Hoje, com os pedaços
Preencho a noite vazia.

Tantas cartas escritas,
Tantas fotos tiradas
Que breve, com o tempo,
Serão lembranças mofadas,
Só me resta então sonhar
Ver um dia você chegar
Pra reviver histórias marcadas.

“Foi bom, enquanto durou”,
Assim dizia Moraes!
És para mim uma página
Que não vou rasgar jamais.
Ao ligar o telefone,
Só de ver o teu nome,
A saudade dói demais.

Relembrar os grandes momentos
Faz-me tê-la outra vez,
Apesar de pouco tempo
Muita coisa a gente fez.
Aqui fico imaginando
Ouvir sua voz me chamando,
Quem sabe um dia...Talvez.

Romário Braga.

(Poesia protegida pela lei de direitos autorais)

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Você chega


Você chega

Você chega assim me beijando,
Me abraça, me tira risada,
Faz de mim seu aconchego
E depois sai querendo nada.


Você chega assim sorridente,
Com esse jeito atrevido.
Com malicias tão diretas,
Suspirando ao meu ouvido.



Você chega assim de repente,
Me cheira e se enrosca em mim,
Fazendo que eu coloque
Na seriedade um fim.



Você chega assim me tocando,
Meiga, linda e educada,
Arrepia minha pele
E depois sai... Querendo nada.



7 de julho de 2014, Pentecoste - CE - Brasil

Romário Braga.

(Poesia protegida pela Lei de Direitos Autorais)


terça-feira, 14 de abril de 2015

Um coração que não sente


Um coração que não sente

Quero um peito petrificado
Num coração que não sente,
Que mesmo martirizado 
Fica em pé eternamente.

Um coração de titânio,
Um resistente metal
Que não quebra e nem enferruja,
Continua a bater normal.

Quero um coração que não sente
Nada mais avassalador 
Que estando anestesiado
Não sente ódio ou amor!

Um coração que não sente
E que mesmo vindo a morrer,
Por maior que seja o motivo
Nunca pare de bater...

     Pentecoste – CE - Brasil, 13 de abril de 2015.

Romário Braga.

(Poesia protegida por Lei)

sexta-feira, 10 de abril de 2015

As Cinzas


As Cinzas

Que o vento te leve as cinzas
Dessa carta que escrevi.
Ao te rever, quase que choro!
Mas fingindo, eu sorri.

Sorri para mostrar
Que sem você estou seguro
E te escondendo o menino
Que ainda chora no escuro.

Só em ouvir o teu nome
Acaba com a minha paz.
Se esse papel será cinzas,
Meu peito será muito mais.

Nessa carta que escrevi
Pude tudo registrar.
Que o vento te leve as cinzas,
Pois jamais vou te entregar!

    24 de outubro de 2013, Pentecoste – CE - Brasil.

Romário Braga.

(Poesia protegida pela Lei de Direitos Autorais)

terça-feira, 7 de abril de 2015

Lembra?

     

Lembra?

Você lembra meu amor
Daquela noite na Matriz?
Daquele aperto de mão?
De um namoro tão feliz?

Você lembra dos lugares
Que serviam de molduras?
Das faíscas que voavam
Nas eternas “aventuras”?

Você lembra dos passeios?
Da minha pontualidade?
Dos abraços e dos beijos
Pelas ruas da cidade?

Ai veio sua ausência
E continuamos assim!
Vários meses já passaram,
E você, lembra de mim?

Romário Braga.
Fortaleza - Ceará - Brasil.

(Poesia protegida por Lei)