quarta-feira, 2 de junho de 2021

POESIA: Não me dirija a palavra (de Romário Braga)




Vou lhe fazer um pedido,
Realize-o, enfim,
Enquanto vida eu tiver
Não dirija a palavra a mim.

Tanto ódio que eu tinha
O coração esqueceu.
De ti não guardo mágoas,
Mas pra mim você morreu.

Não vá ao meu velório!
Te peço por compaixão.
Odiando sua presença
Me levantarei do caixão.

Nunca mais quero te ver
E desta forma eu insisto:
Não me dirija a palavra
E esqueça que eu existo.


Romário Braga.
Paracuru - Ceará - Brasil.
(Poesia protegida por lei) 

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